top of page

De 100 anos pra cá

A moda e o seu grande poder de ditar o esteriótipo do corpo feminino, nos últimos 100 anos, várias formas foram eleitas como padrão de beleza do corpo da mulher

 

 

Já parou para pensar quanto o padrão de beleza mudou durante o passar dos anos? Mudanças e acontecimentos na cultura, comportamento, mídia, cinema e moda sempre estiveram atreladas as principais mudanças na estética feminina.

Na década de 1910, o formato do corpo feminino – carnudo e curvilíneo era a personificação da beleza, esse tipo físico, eram mulheres altas e magras, mas com seios e quadris avantajados que criavam o formato da letra “S” – conseguido a partir do uso do espartilho.

Já na década seguinte, nos anos 20, mulheres como o tipo fisico sem curvas, seios e quadris pequenos das atrizes Olive Thomas e Alice Joyce (imagem abaixo) estavam na moda. As meninas da época tinham pernas esbeltas para exibir junto ao comprimento da bainha de seus vestidos retos – que deixam braços, costas e tornozelos a mostra –, a atenção estava toda voltada para eles

Capa

Com a quebra da bolsa de Nova York no ano de 1929, a década de 1930 chegou com a moral e costumes em baixa. As bainhas de saias diminuíram e ombros e curvas começaram a perder a timidez novamente. O corpo voluptuoso foi abraçado pela mídia, como a atriz Jean Harlow que representa a estética corporal da era. Esse tipo de corpo transitou suavemente até os anos seguintes, quando as meninas eram bem mais nutridas que as dos anos 20. Na época o governo britânico decretou que cada criança tinha o direito a um terço de um litro de leite por dia para promover o fortalecimento dos ossos e isso permaneceu até o governo de Margaret Thatcher em 1970.
Novamente, o estilo de vida manteve as mulheres mais magras e esbeltas. A atriz Katherine Hepburn com o corpo curvilíneo e delicado foi uma grande representante da década de 1940. Como não havia gasolina para carros, as pessoas andavam muito a pé ou se locomoviam como uma bicicleta. Com os homens fora da guerra, a moda também mudou e curvas era a palavra de ordem. Cintura marcada, vestidos floridos,
E essa mesma ideia permaneceu também nos anos cinquenta, quando os comprimidos de ganho de peso foram promovidos em revistas de moda para ajudar as mulheres preencherem suas curvas – onde pin ups e mulheres de Hollywood como Marilyn Monroe (imagem ao lado) e Elizabeth Taylor eram as mais copiadas.

A década de 1950 teve um grande contraste com os próximos anos 60, que marcaram o início da era das mulheres bem magras e pequenas, popularizados por Twiggy (imagem abaixo) e Jean Shrimpton. Nessa época, as mulheres ansiavam por bustos e quadris menores e os vestidos encolheram para se adequarem à estrutura pequena do corpo. E para conquistar esse corpo, as dietas aparecem novamente na vida das mulheres.

Em 1970 as curvas fizeram o seu retorno no corpo de Farrah Fawcett e as outras panteras.
Chegando à década de 1980, o corpo das mulheres já haviam mudado um pouco – os quadris aumentaram e foram formando o modelo de uma pêra: Elle MacPherson (imagem ao lado), Naomi Campbell e Linda Evangelista ditaram moda nas passarelas mas também no corpo das mulheres. Jane Fonda e seus vídeos de malhação tiveram um grande papel no estilo de vida das mulheres.

E depois das supermodelos na década de 1990 veio Kate Moss – modelo magricela britânica que rompeu o padrão estético e fundou o “heroin chic”. Não demorou muito para surgir nas passarelas e capas de revistas a supermodelo brasileira e curvilínea Gisele Bündchen que promoveu um estilo de vida mais saudável.
E eis que nos anos 2000 surgiu Kim Kardashian (imagem abaixo) que trouxe um aumento de quatro centímentos nas cinturas das mulheres em menos de 20 anos com sua buzanfa avantajada.

Veja todos os exemplos :

Artista plástico cria personagem Pandemonia: uma crítica ao esteriótipo atual?

Artista plástico cria um personagem todo em  látex e passa a ser presença vip em eventos culturais e de moda pela simples razão: “você pode ser e fazer o que quiser sem rótulos”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ela é uma personagem de mais de 2,10 metros de altura que tem tudo aquilo que a indústria da moda gosta: é alta, magra, loira e está sempre com um look diferente. Pandemonia, criação de um artista britânico que se auto intitula conceitual e pós-pop. Vestida da cabeça aos pés em látex, ela é presença constante em vernissages e eventos de moda e arte, zombando dos padrões de beleza inalcançáveis da sociedade, ela já posou para um editorial da revista alemã “Tush” vestindo marcas como Louis Vuitton, Burberry e Dior.

Qual a mensagem que você quer passar?

Sou um artista, não necessariamente tenho uma única mensagem. Meu trabalho muda as coisas, as hierarquias. Acho que é uma boa mensagem, de que com uma ideia você pode mudar as coisas e o mundo não precisa ser do jeito que as outras pessoas dizem que tem que ser. Você mesmo pode mudar e fazer o mundo do jeito que quiser.

Tem muitos estilista que gosto, mas eu faço todas as minhas roupas. Então não sigo nenhum estilo, acho que é importante ter sua própria voz. E o meu cabelo eu mudo com as temporadas. A cada semana de moda de Londres mudo meu cabelo.

Não sei se tenho um ícone de moda, acho que meu cachorro, Snowy, é meu ícone de moda.

Faço arte tradicional, como imagens, desenhos, esculturas de personagens, serigrafias… Também trabalho como modelo para marcas e revistas. Como sou um artista pós-pop, o que importa não é só o que produzo, mas também o que as outras pessoas produzem de mim.

 

Texto disponível em:

http://juliapetit.com.br/beleza/padrao-corporal-durante-100-anos


 

bottom of page